terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Os editores da revista Morus - utopia e Renascimento 7 (2010), dedicada ao tema "Utopia e viagem. Tão longe, tão perto", informam que os artigos deste número podem ser solicitados pelo e-mail revistamorus@hotmail.com.


SUMÁRIO


Dossiê "Utopia e viagem. Tão longe, tão perto"

A experiência de Ulisses: nota sobre um tema utópico perdido
Jacyntho Lins Brandão

La travesía de Yambulo por las Islas del Sol (D.S., II.55-60). Introducción a su estudio, traducción y notas
Matías Sebastián Fernandez Robbio

Fiction, parodie et utopie: les Histoires vraies de Lucien
Isabelle Gassino

A utopia que não está no fim da viagem: a peregrinação medieval
Hilário Franco Jr.

Em busca do Éden Eldorado. A utopia de Cristóvão Colombo na interpretação de Ernst Bloch
Suzana Guerra Albornoz

A caminho do Éden: em busca do autêntico refúgio huguenote (1689-1707)
Eduardo dos Santos Rocha

A viagem e a utopia na arquitectura social da razão
Teresa Mora

Viaggio alla scoperta del buon selvaggio, ovvero l’immaginario utopico del barone di Lahontan
Claudio De Boni

As viagens imaginárias de Vasco José de Aguiar
Jorge Bastos da Silva

Trabalhadores viajantes do século XIX: utopias e reinvenções do mundo do trabalho
Ivone Cecília D’Ávila Gallo


Artigos avulsos


O velho barbudo e suas palavras esquecidas: Marx, marxismo e utopia
Geraldo Witeze Jr.

A primeira recepção dos Diálogos da História de Francesco Patrizi na Itália contra-reformista e no mundo reformado
Helvio Gomes Moraes Jr.

Campanella: l’antinomie entre foi et raison et ses résultats
Carlos Eduardo Ornelas Berriel 

Le prime nove del altro mondo, de Guilherme Postel
Enea Balmas

Umorismo e letteratura. La comicità letteraria. Il comico di idee e la zoologia fantastica
Laura Schram Pighi





sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O U-TOPOS - Centro de Pesquisa sobre Utopia, do IEL, convida a comunidade acadêmica para a palestra :

“A iconografia da utopia da Cocanha”
Palestrante: Hilário Franco Jr.

Resumo: O palestrante chamará atenção para o fato de que a Cocanha surge na oralidade, no século XII, é registrada por escrito no XIII, mas não tem representação iconográfica específica antes de 1530. Isto se deve, provavelmente, à forte censura eclesiástica ao hedonismo e à irreligião. Com a Reforma Protestante e a afirmação dos Estados nacionais surgem novos atores políticos, o que de um lado fragmenta e enfraquece a censura, de outro gera ou acentua desejos e críticas instrumentalizadas pelo país da Cocanha. A partir disso, serão projetadas e comentadas cerca de 40 imagens.

Hilário Franco Jr. é historiador, fez bacharelado na USP (1976), doutorado na mesma universidade (1982) e pós-doutorado com Jacques Le Goff na École des Hautes Études en Sciences Sociales (1993). Especialista em Idade Média ocidental, seus interesses estão voltados particularmente para a cultura, a sensibilidade coletiva e a mitologia daquele período, bem como para as reflexões teóricas que fundamentam tais pesquisas. Alguns de seus livros são: Cocanha. Várias faces de uma utopia (Cotia: Ateliê, 1998), Cocanha. A história de um país imaginário (São Paulo: Cia das Letras, 1998), As utopias medievais (São Paulo: Brasiliense, 1992), Os três dedos de Adão (São Paulo: Edusp, 2010), A Eva barbada (São Paulo: Edusp, 1996, reed. 2010). Dedica-se também à História Social do Futebol, sendo autor de A dança dos deuses. Futebol, sociedade, cultura (São Paulo: Cia das Letras, 2007).

Data: 15 de outubro de 2012 (segunda-feira)
Horário: 14h
Local: Anfiteatro do IEL - UNICAMP (Brasil) 

sábado, 18 de agosto de 2012

WORKSHOP
Habitando Modernidades – utopia, controle social e livre arbítrio

17 e 18 de setembro de 2012

Encontro dos grupos de pesquisa do Diretório do CNPq: “Habitando Modernidades: (crise da) memória, hierarquias opressivas, utopias possíveis” (UFF) e “Renascimento e Utopia” (UNICAMP)

Parceria acadêmica: Programa de pós-graduação em Estudos de Literatura (UFF) e U- TOPOS – Centro de Pesquisa sobre Utopia (UNICAMP)



APOIOS UFF

PROPPi (pró-Reitor Prof. Dr. Antonio Claudio Lucas da Nóbrega)

Laboratório de Livre Criação/IACS (Coord. Profa. Rosa Benevento)

GLE (Chefe Dept. Profa. Dra. Elizabeth Chaves de Mello)

PROLEM (Coord. Profa. Izabel Cristina de Aquino C. Wilkinson)


Comissão Organizadora

Prof. Dr. André Cardoso (Letras, UFF)
Profa. Dra. Carla Portilho (Letras, UFF)
Profa. Dra. Sonia Torres (Letras, UFF)

17 de setembro:

9:30hs – café de boas-vindas; abertura

10-12hs

* Liberdade política e tensão projetual na utopia inglesa do século XVII
Helvio Moraes (UNEMAT)

* Simiri, a prosperidade comercial e científica da Inglaterra seiscentista
Bruna Pereira Caixeta (Mestranda, UNICAMP/CAPES)

* Obediência e livre-arbítrio no universo elisabetano: uma reflexão acerca da opressão em Medida por medida e The Booke of Sir Thomas More
Régis Augustus Bars Closel (Doutorando/CNPq/FAPESP)

DEBATEDOR: Roberto Ferreira da Rocha (UFRJ)


12 -13hs – intervalo para o almoço

13-15hs

* A Cidade do sol e a supressão da pecaminosidade do mundo
Carlos Eduardo Ornelas Berriel (UNICAMP/CNPq)

* Sob o signo da duplicidade: livre-arbítrio e vida social nas leis de A ilha dos hermafroditas (Paris, 1605)
Ana Cláudia Romano Ribeiro (UNINCOR)

* A virtude como mecanismo de controle social em As cartas persas, de Montesquieu
Emerson Tin (FACAMP)

DEBATEDORA: Paula Glenadel (UFF)

[intervalo 15 min.]

15:15- 17:15h

* A moldura narrativa epicurista do Decamerão
Thiago Villela Basile (Mestrando, UNICAMP)

* Wolfaria: uma utopia protestante
Julia Ciasca Brandão (bolsista IC, UNICAMP/FAPESP)

* O pecado e o livre-arbítrio na poesia de Michelangelo Buonarroti: elementos valdesianos
Leandro Cauneto (bolsista IC, UNICAMP/FAPESP)

* Reflexões sobre utopia e ideologia na “Carta del Carnaro”
Daniella Spinelli (Doutoranda, UNICAMP/CNPq/CAPES)

DEBATEDOR: Andrea Giuseppe Lombardi (UFRJ)


18 de setembro

9:30-11:30hs

* Fluidez e controle em Stone, de Adam Roberts
André Cabral de Almeida Cardoso (UFF)

* A dualidade assassino/detetive e a questão da liberdade de escolha em Stone, de Adam Roberts
Carla Portilho (UFF)

* Tecnologia da informação (TI) como arma de resistência na ficção curta contemporânea
Eduardo Castro (Mestrando, UFF/CAPES)

DEBATEDOR: Anderson Gomes de Almeida (UFRRJ)


11:30-13:30hs

* Considerações sobre ciência e livre-arbítrio em The Blazing World
Milene Cristina da Silva Baldo (Mestranda, UNICAMP)

* Humanidade como utopia: definindo o monstro nas narrativas do Noivo Animal
Marcia Heloísa Amarante Gonçalves (Mestranda, UFF/CAPES)

* Never Let Me Go, ou a lógica social da desumanização
Sonia Torres (UFF/CNPq)

DEBATEDORA: Lucia de la Rocque (Fiocruz/UERJ)


13:30hs – avaliação do encontro; almoço de confraternização

segunda-feira, 16 de julho de 2012


O Centro de Pesquisa sobre Utopia (U-TOPOS), do IEL, 
convida a comunidade acadêmica para a palestra:
 
Título: “O grande inquisidor: figura essencial na visão distópica”

Resumo: A “Lenda do Grande Inquisidor” é um topos da literatura distópica (e eutópica) do fim do século XIX até os nossos dias. Vindo originalmente do romance de Dostoiésvki, Os Irmãos Karamazov (1880), o discurso do Inquisidor é uma reflexão sobre a relação entre o poder da  fé e os seus usos pelo  Estado, entre o indivíduo e a coletividade, e entre a liberdade e a felicidade, baseadas sempre numa visão das limitações do ser humano. Transformado num confronto entre o Inquisidor e o herói ou anti-herói, tornou-se indispensável para a compreensão da lógica e ideologia dos principais romances distópicos do século XX. Nesta palestra, falarei do texto de Dostoiévski, de suas raízes e motivos, e da razão de sua incorporação persistente na literatura utópica, lato sensu. Analisaremos a função e manifestação dessa cena em algumas das mais famosas distopias modernas de Zamiatin, Huxley, Orwell, Bradbury e outros - e das possibilidades alternativas em alguns livros que se preocupam mais com a literariedade do que com a visão especulativa do autor. Ainda precisamos do Grande Inquisidor? Por que e para que?

Palestrante: Prof. Dr. Daphne Patai (University of Massachusetts Amherst - EUA)

Daphne Patai é professora no Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da University of Massachusetts, em Amherst, nos Estados Unidos. Pesquisa cultura brasileira, tradução, ficção utópica, teoria literária, história oral, feminismo e problemas relacionados ao ensino superior. Publicou uma série de livros, entre os quais os mais recentes são a coletânea de ensaios 'What Price Utopia?' Essays on Ideological Policing, Feminism, and Academic Affairs (2008) e História Oral, Feminismo e Política (2010, publicado no Brasil). Para obter mais informações sobre a Prof. Patai, clique em http://www.umass.edu/spanport/people/profiles/patai.html
 
Data: 6 de agosto de 2012 (segunda-feira)
Horário: 14h
Local: SALA DE COLEGIADOS DO IEL (UNICAMP)

segunda-feira, 28 de maio de 2012


O U-TOPOS - Centro de Pesquisa sobre Utopia (IEL/UNICAMP) realizou, em 22/05/2012, a conferência:

Da utopia revolucionária à utopia negativa. Considerações sobre os situacionistas

Prof. Dr. Anselm Jappe 

Resumo: O pensamento revolucionário dos últimos dois séculos é muitas vezes qualificado como « utopista » e, segundo alguns, o desejo de traduzir uma idéia abstrata na realidade social constituiria claramente o germe do totalitarismo político. Mas, a transformação de toda realidade é característica sobretudo do desenvolvimento do capitalismo, que pode ser considerado uma utopia negativa realizada. Guy Debord e os situacionistas se encontram na encruzilhada entre utopia positiva e crítica da utopia negativa. 

Anselm Jappe ensina Estética na Accademia di Belle Arti de Frosinone (Itália). Doutorou-se em Filosofia e Ciências Sociais na École de Hautes Études en Sciences Sociales em Paris, sob a orientação de M. Nicolas Tertulien, com a tese "La critique du fétichisme de la marchandise chez Marx et ses développements chez Adorno et Lukács". É autor de Guy Debord (traduzido em vários países, no Brasil pela Editora Vozes, Petrópolis, 1999),  As aventuras da mercadoria – para uma nova crítica do valor (Antígona, Lisboa, 2006), Crédit à mort. La décomposition du capitalisme et ses critiques (Nouvelles Éditions Lignes, Paris,  2011, que será em breve publicado em português), entre outras publicações. Alguns textos estão disponíveis em português neste link (os três mais antigos dizem respeito ao situacionismo): http://obeco.planetaclix.pt/autores.htm 
  

Data: 22/05/2012
Local: UNICAMP/IEL/Sala de Aula CL07
Horário: 14:00 

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

III CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS UTÓPICOS da REVISTA MORUS - Utopia e Renascimento - “Utopia, consenso e livre-arbítrio (séculos XIV - XVII)"

III Congresso Internacional de Estudos Utópicos

Revista Morus – Utopia e Renascimento

“Utopie, consensus et libre arbitre (XIVe – XVIIe siècles) : Fais ce que voudras

26 e 27 de janeiro de 2012

Centre d’Études Supérieures de la Renaissance, Tours (França)

Organizadores:

Revista Morus – Utopia e Renascimento (UNICAMP/Brasil) – Prof. Carlos Eduardo O. Berriel

Centre d’Études Supérieures de la Renaissance (Tours – França) – Prof. Marie-Luce Demonet

Temática: Utopia, consenso e livre-arbítrio (séculos XIV – XVII): Faze o que quiseres

Este congresso colocará em discussão os conceitos de consenso e de livre-arbítrio conforme aparecem nos textos pertencentes ao gênero utópico. O homem escolhe livremente seu destino ou é conduzido por forças exteriores a ele? Este é um dos mais antigos e centrais problemas da filosofia, presente desde as mais antigas manifestações literárias - bastando aqui indicar a tragédia grega. Sendo a utopia sempre a visualização de uma polis na qual a vida associada é excelente no todo e nas partes, e as instâncias do indivíduo não estão opostas às imposições do coletivo, cabe indagar da coincidência destas manifestações: o livre-arbítrio realmente existe? Como ele se constitui?

As decorrências da noção de livre-arbítrio são variadas e por vezes centrais nos campos filosófico, religioso, ético, político, econômico e literário. Pressupõem noções precisas de divindade, de indivíduo, de natureza, sociedade, juízo e vontade, histórica e culturalmente localizadas.

Consenso e livre-arbítrio – sendo este uma questão filosófica de origem religiosa e um dos fundamentos da própria noção de indivíduo – são centrais na utopia que, essencialmente, pode ser definida como uma formalização ficcional dos problemas centrais da comunidade política de seu autor.

A sessão inaugural deste congresso consistirá num debate sobre a fórmula rabelesiana "Fais ce que voudras": a problemática do consenso na estrutura desses mundos virtuais que são as utopias apresenta-se concentrada na utopia de Thélème e na sua célebre fórmula, interpretada como uma antecipação libertária ou totalitária, ou ainda, como um convite a um evangelismo paulino associado aos conflitos da época.

As sessões subseqüentes serão dedicadas ao estudo da temática “utopia, consenso e livre-arbítrio” e de temáticas decorrentes (tais como liberdade de expressão e dissidência) em obras literárias utópicas específicas, escritas entre os séculos XIV e XVII, sensíveis, portanto, às implicações da Reforma protestante e da Contra-Reforma católica - acontecimentos que redefiniram a idéia da predeterminação.

Os organizadores:

A revista Morus – Utopia e Renascimento foi fundada em 2004 por Carlos Eduardo O. Berriel, professor de Literatura da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e por seu grupo de estudos sobre Renascimento e Utopia. Anual, a revista congrega estudiosos oriundos de universidades localizadas em vários países e organizou dois congressos internacionais: o primeiro, em Florença, em maio de 2007, juntamente com a Università degli Studi di Firenze, dedicado ao tema “Scienza e tecnica nell’utopia e nella distopia”, e o segundo em junho de 2009, na UNICAMP, onde se discutiu “O que é utopia? Gênero e modos de representação”.

Criado em 1956, o Centre d’Études Supérieures de la Renaissance (CESR), sediado em Tours, na França, é um centro de excelência dedicado à formação (master e doutorado) e à pesquisa em todos os campos concernentes ao Renascimento. Este centro de vocação internacional conta com inúmeros parceiros na França e em outros países, promove eventos científicos e publica várias obras (coleções de livros e o Journal de la Renaissance) e conta com três projetos de pesquisa: “Architecture”, “Bibliothèques Virtuelles Humanistes” e “Ricercar”. Vinculado institucionalmente à Universidade François Rabelais de Tours e ao Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), o CESR é dirigido atualmente por Marie-Luce Demonet, Philippe Vendrix e Joël Biard.

Mais informações no site do CESR:
http://cesr.univ-tours.fr/actualites/utopie-consensus-et-libre-arbitre-xive-xviie-siecles-fais-ce-que-voudras-248329.kjsp?RH=CESR_FR